descupinização

Cupins

São conhecidos como Termitas, Siriris, Formigas brancas (apesar de não terem nenhum grau de parentesco com elas) e aleluias. São representados por 3000 espécies de cupins no mundo, 290 registradas no Brasil, e somente 4 destas potencialmente sinantrópicas, ou seja, vivendo próximas de moradias humanas.

São decompositores: atuam reciclando a matéria orgânica e aerando o solo quando constroem galerias. O principal dano causado pelos cupins é sua capacidade de digerir celulose: são os principais agentes biológicos de degradação de madeira.

Os cupins têm nos produtos celulósicos sua principal fonte de alimentos. Essa celulose, por sua vez, pode ser proveniente de produtos vegetais vivos, mortos, transformados naturalmente ou industrializados pelo homem.

Várias espécies de cupins são pragas agrícolas, alimentando-se de várias partes de plantas cultivadas, incluindo cana-de-açúcar, eucalipto, amendoim, frutíferas e outras.

BIOLOGIA DOS CUPINS

Cupins possuem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, com três pares de pernas. Contam também com um par de antenas e um par de olhos compostos. Assim como as formigas, os cupins vivem em grupos eusociais denominados de colônias e apresentam um sistema de castas altamente desenvolvido, com diferentes funções.

DIVISÃO CASTAS CUPINS

Soldados: são machos e fêmeas estéreis que possuem cabeça e mandíbula maiores que as dos operários e patas muito fortes. São responsáveis pela defesa da colônia.

Reis e as rainhas:são organismos férteis, responsáveis pela reprodução no interior do cupinzeiro. Apresentam asas e são conhecidos popularmente como “aleluias”. A rainha pode sobreviver até 30 anos e colocar até 60.000 ovos por vida.

Alados:são encarregados de formar uma nova colônia. São chamados popularmente de Aleluias ou Siriris, fase atraída pela luz, comumente presente nos meses de agosto e setembro.

CICLO DE VIDA DOS CUPINS

Os cupins são divididos em várias espécies e cada uma possui características de desenvolvimento diferentes.

Esses insetos possuem ótima organização nas suas colônias e realizam o que chamamos de metamorfose incompleta.

O ciclo de vida dos cupins se resume em:OVO, LARVA, NINFA E ADULTOS.

Ovos

O ciclo de vida dos cupins começa com a cópula entre o rei e a rainha, que são os responsáveis pela reprodução. Após a fertilização, a fêmea põe os primeiros ovos em locais escondidos e protegidos da luz do sol. Os ovos são brancos, ovais e bem pequenos e, geralmente, são postos dentro do solo ou alvenarias. O desenvolvimento embrionário dos novos indivíduos é longo, podendo demorar de 24 a 90 dias.

Larvas

Dos ovos, eclodem as primeiras larvas, bem parecidas com os adultos, apesar de apresentarem diferenças morfológicas. Elas ainda são imaturas, não são pigmentadas e não possuem brotos alares. Nesta fase ocorrem sucessivas ecdises, processo que se caracteriza pela troca do exoesqueleto para que os artrópodes possam crescer.

Ninfas

Entre duas ecdises, ocorre um estágio chamado ínstar, que forma um jovem denominado ninfa. Nesta fase, as ninfas possuem características peculiares, como presença de olhos e brotos alares. Elas vão crescer e sofrer várias mudas para desenvolver novos membros da colônia em uma das castas dos cupins adultos, definidas de acordo com as funções.

Adultos

Nesta etapa do ciclo de vida dos cupins, eles tornam-se, finalmente, adultos. As colônias são divididas em três castas. São elas: operários, soldados e cupins reprodutivos. Este último refere-se ao novo rei e rainha que vão produzir uma nova colônia.

TIPOS DE CUPINS

CUPINS SUBTERRÂNEO: (Coptotermes gestroi, Heterotermes ssp) – Constrói sua colônia preferencialmente no solo, em local subterrâneo, pois depende de umidade para sobreviver.

CUPINS ARBORÍCOLAS: (Nasutitermes spp) – São os responsáveis por impedir a formação de pastagens, pois dificultam as culturas plantadas, podem servir de abrigo para animais como: cobras e escorpiões e também causam danos aos materiais históricos (livros e móveis).

CUPINS DE MADEIRA SECA: (Cryptotermes brevis) Essa espécie é a que costuma atacar paredes, forros, assoalhos e móveis das casas, já que prefere as madeiras com pouca umidade.

Suas fezes são como grãos secos, e são expelidas pelos cupins através de buracos nas peças infestadas, formando um monte de “grãos” secos abaixo dos buracos.

CONTROLE QUÍMICO DE CUPINS

Tratamento químico convencional: Esse tipo de estratégia envolve a aplicação de produtos químicos com as seguintes técnicas:

Pulverização líquida das superfícies de madeira; injeção de calda inseticida na madeira ou na alvenaria em perfurações feitas previamente, polvilhamento de pó seco nos conduítes e painéis elétricos; encharcamento de floreiras, jardins e gramados.

Tratamento com iscas:  Algumas espécies de cupins subterrâneo podem ser controladas por sistema que utiliza iscas impregnadas com regulador de crescimento. Ao carregarem a isca que contém o princípio ativo até a colônia, esta é eliminada, sem a necessidade de aplicação generalizada de inseticida sobre as superfícies afetadas.

BARREIRA QUÍMICA: MODO DE APLICAÇÃO: Fazer valas com 20/30 cm de largura por 20/30 cm de profundidade. Aplicar o produto com regador, balde plástico, pulverizador manual ou elétrico. Aplicar o produto de acordo com a diluição recomendada pelo fabricante.

ESTAÇÃO DE CUPIM: a estação de cupins deverá ser instalada no perímetro de toda a área (edificação, residência, etc) que estará sendo tratada por esse método. Dessa forma, existem duas maneiras – Monitoramento e Controle.

01 Monitoramento: podendo o operador averiguar se há presença de cupins naquela estação e assim definir os pontos onde serão tratadas as iscas com inseticidas.

02 Controle: nesse caso o operador tratará as iscas com o inseticida que achar apropriado para eliminação da colônia de cupins que se apresentam na edificação. Assim atingirá os cupins presentes no solo, na área externa da edificação. Instale as Estações de Cupins no perímetro de toda a edificação, com um espaçamento de 3 metros entre cada iscas. Obs: esse espaçamento é apenas uma referência, mais quem defini esse espaçamento é o Operador que fez a avaliação de infestação da área.

Controle de Cupins Madeira seca - (Cryptotermes brevis)

Injeção de 20mL de calda por furo, através de micro pulverização ou aspersão em aerossol. Os furos devem estar separados a uma distância de 30 cm entre si ou é possível usar os próprios furos feitos pelo cupim; 

Pulverização;

Injeção (Perfurações na madeira com auxílio de furadeira e broca para aplicação do produto com bico injetor apropriado);

Pincelamento;

Imersão;

Verificar se há pequenos orifícios dispersos nas madeiras ou se há presença de pó granuloso com aspectos e cores de madeira sob os móveis;

Checar se as superfícies dos móveis e itens de madeira estão intactas e o interior oco ou danificado.

Controle de Cupins Subterrâneos - (Coptotermes gestroi, Heterotermes ssp) 

Utilizar ferramentas tecnológicas para diagnóstico das infestações em árvores, forros, móveis;

Utilizar ferramentas tecnológicas para diagnóstico de rede elétrica;

Verificar locais quentes e úmidos da edificação, como forro e madeiramento de telhados;

Buscar por sinais de túneis próximos a molduras de janelas, batentes de portas, parede e pisos de madeira e escadas com vãos perdidos;

Atenção para a existência de ninhos em vãos entre paredes, andares e caixões perdidos na estrutura da edificação;

01. Tratamento de PRÉ-CONSTRUÇÃO (Barreira Química) PULVERIZAÇÃO E INJEÇÃO

1.1 Antes da pavimentação, aplicar 5 litros da calda por m2 sobre o solo. Após a construção da estrutura, fazer trincheira ao longo da mesma, com 15 cm de largura e 30 cm de profundidade; aplicar 5 litros de calda por metro linear.

02. Tratamento de PÓS-CONSTRUÇÃO dos vãos livres dentro da estrutura (caixões perdidos) e solo e/ou piso (Barreira Química) aplicado através da PULVERIZAÇÃO, REGA, INJEÇÃO

2.1 Perfure o piso, até atingir o solo, ao longo do perímetro das paredes e estruturas com furos a cada 30cm. Em paredes de blocos ocos, perfure-os a cada 15cm. Aplique 2,5 litros de calda por metro linear nesses orifícios.

2.2 Tratamento de árvores, dos madeiramentos fixados à alvenaria (armários, guarda-roupas, portais, tacos, vigas de madeira (telhado), pisos tacos, lambril, estantes, divisórias, etc) através da: Injeção, Pulverização, ou Pincelamento do produto diluído em solvente orgânico.

2.3 Tratamento dos conduítes elétricos com aplicação de inseticida na formulação de pó seco (Povilhadeira).

Olá, precisa de ajuda?