Desinsetização

1.OBJETIVO: Atender e executar de forma segura e eficiente os procedimentos de utilização, manuseio e aplicação dos saneantes domissanitários (Inseticidas), descritos nas leis que regulamentam à prestação de serviços de controle de insetos rasteiros, alados e aracnídeos.

2.SETOR: Departamento Operacional.

3.RESPONSÁVEIS: Responsável Técnico e Técnico de Campo (Operador).

4.EPI’S NECESSÁRIOS: Joelheiras, luvas, máscara semifacial, máscara facial completa, macacão impermeável com capuz, óculos, protetor auricular, conforme área, técnica a ser utilizada e o ambiente a ser tratada.

5.EQUIPAMENTOS, MATERIAIS AUXILIARES E INSETICIDAS: Pulverizador, Atomizador, Pistola Aplicadora, Polvilhadeira, Kit de chave de fendas, lanterna, inseticidas nas formulações LÍQUIDAS, SÓLIDAS, ISCAS GEL E PÓ SECO.

6. PROCEDIMENTOS INICIAIS:

6.1 Antes de sair da empresa, realizar a verificação dos EPI´s, das condições de uso dos equipamentos, Ordens de Serviços (impressa em duas vias) e Produtos;

6.2 Dialogar com o Responsável Técnico sobre informações adicionais e dúvidas, a respeito dos serviços do dia;

6.3 Ao chegar no cliente, o Técnico o cumprimenta educadamente, pedir autorização para realizar vistoria técnica no ambiente a ser tratado, para conferir focos, estrutura física, áreas circunvizinhas, grau de infestação e não conformidades;

6.4 Confirmar se o ambiente está preparado para ser tratado (utensílios, equipamentos, alimentos, insumos armazenados adequadamente e protegidos);

6.5 Verificar a ausência no ambiente de crianças, alérgicos, gestantes, idosos, animais de estimação;

6.6 No caso de pulverização de pisos e paredes, verificar o tipo de revestimento e pintura, para evitar manchas ou qualquer outra alteração nessas superfícies;

6.7 Em área de manipulação de alimentos, informar previamente ao cliente a necessidade de guardar utensílios domésticos, alimentos e matérias-primas, proteger equipamentos utilizados no processo de manipulação e fabricação, bem como desmonte de ilhas, gôndolas ou qualquer área que seja submetida ao processo de pulverização extenso ou atomização;

6.8 Em aplicações próximas à jardins ou outra vegetação, tomar cuidado para evitar danos às plantas;

6.9 Informar ao cliente, o período de reentrada e a necessidade de ventilação local;

6.10 Colocar os EPI´s necessários para realizar o procedimento de diluição/uso dos inseticidas, conforme descrito na Ordem de Serviço;

7. METODOLOGIA (Formulações, Diluição, Preparo das Soluções e Técnicas de Aplicação)

7.1 PULVERIZAÇÃO: FORMULAÇÕES INSETICIDAS

  • SC – Suspensão Concentrada
  • CE – Concentrado Emulsionável
  • CS – Suspensão de Cápsulas ou Microencapsuladas
  • PM – Pó Molhável
  • WG- Grânulos dispersíveis em água

A pulverização consiste na aspersão de inseticidas líquidos sob a forma de gotículascom a utilização de pulverizadores. Essa técnica de aplicação é destinada ao controle de baratas, formigas, escorpiões, pulgas, carrapatos, moscas e mosquitos com o uso de pulverizador manual de compressão prévia e bico aplicador no modelo leque. Utilizando todos os EPI´s recomendados, abastecer o pulverizador com a ca.

Capacidade de água prevista do equipamento, dosar o inseticida de acordo com a praga-alvo e formulação em uso descritos na Ordem de Serviço, adicionar no tanque do equipamento. Agitar o pulverizador várias vezes para se obter uma calda inseticida homogênea. Nas pulverizações de rodapés, manter a haste do pulverizador num ângulo de 45 graus.

Para Baratas de Esgoto: Pulverizar o perímetro externo, ao redor e dentro das caixas de esgoto, canaletas, ralos, águas pluviais, caixas de gordura, fossas, fosso do elevador, área das lixeiras, central de resíduos e demais focos existentes. Em tratamentos internos pulverizar ralos e o perímetro interno no ambiente

Para Baratas Germânicas: Pulverizar em frestas, fendas, rachaduras, ralos, embaixo de bancadas, pias, balcões.

Para Escorpiões e Aranhas:Pulverizar o perímetro interno e externo com a haste do pulverizador num ângulo de 45 graus, frestas, cantos de paredes, buracos, materiais empilhados (madeira, tijolos, pedras, brita), ralos, caixas de esgoto, caixas de gordura, canaletas, fosso do elevador e demais focos identificados.

Para Carrapatos e Pulgas: Pulverizar o perímetro interno, o perímetro externo, paredes e muros numa altura de cerca de 1 a 1,5 m, área de canil (se houver), corredores externos, áreas de jardim, frestas, paredes de salpisco ou sem reboco. Antes de pulverizar a parede, verificar o tipo de tinta aplicado para evitar manchas na superfície. Para realizar esse tratamento, a empresa solicita a retirada do animal do ambiente durante o período estabelecido pelo fabricante do produto em rótulo. Sinalizar para o cliente a necessidade de levar o animal para uma avaliação com o Médico Veterinário.

Para Moscas e Mosquitos:Pulverizar o perímetro externo nas paredes numa altura máxima de 1,5 m, área de lixeiras, central de resíduos, canaletas e ralos.

7.2 POLVILHAMENTO: APLICAÇÃO DE INSETICIDA NA FORMULAÇÃO PÓ SECO

Para Baratas de Esgoto:Utilizar a polvilhadeira, adicionar o Pó Seco no tanque reserva do equipamento. Introduzir a mangueira nos orifícios disponíveis e insuflar o Pó Seco nas caixas de esgoto, caixas de gordura e caixas de força (eletricidade) por 5 ou 6 vezes.

Para BaratasGermânicas ou de Cozinha: Utilizar a polvilhadeira, adicionar o Pó Seco no tanque reserva do equipamento. Introduzir a mangueira nos motores de equipamentos (freezeres, geladeiras, balanças), dentro dos espelhos de luz por 2 ou 3 vezes a depender o tamanho do equipamento. Não aplicar pó em excesso nos locais citados, para evitar desperdício e contaminação.

Para Formigas Cortadeiras: Utilizar a polvilhadeira, introduzir a mangueira na máxima profundidade do formigueiro e insulflar o Pó Seco por 6 a 8 vezes. Identificar o formigueiro mais ativo e as trilhas com bastante movimentação de formigas ao redor.

7. 3 ISCAGEM (APLICAÇÃO DE FORMULAÇÃO EM ISCA GEL):

Para Baratas Germânicas:Utilizar a pistola e aplicar aproximadamente pequenas gotas com tamanho padrão próximo aos abrigos das baratas, ou seja, em frestas, fendas, rachaduras, debaixo de mesas, prateleiras, balcões, cadeiras, gavetas, pias, atrás de espelhos de luz, fogões, geladeiras, coifas, em caixas de força, equipamentos eletrônicos, computadores, armários, gabinetes, locais escuros,

Úmidos que sirvam de abrigo para as baratas. O gel não deve ser aplicado junto com a pulverização. Deve ser repassado para o cliente, que as gotas de gel não podem ser removidas, bem como deve ser evitado o uso de produtos de limpeza nos locais tratados. O gel pode ser aplicado utilizando a seringa aplicadora ou com pistolas próprias para esse fim.

Para Formigas Urbanas ou Doceiras: Utilizar a pistola e aplicar por meio de pequenos filetes com cerca de 2 a 4 centímetros de comprimento, paralelo às trilhas das formigas, sempre atento ao locais de atividade  como cozinhas, banheiros, dispensas, móveis fixos à parede, próximo aos equipamentos eletrônicos, frestas de azulejos, pias, quadros, bancadas, espaços entre equipamentos e pisos, nas bases dos equipamentos, paredes, rodapés, portas e janelas, armários, pias, fogões e outros equipamentos. Dar atenção especial nos pontos estratégicos por onde formigas podem entrar na estrutura. Não aplicar o produto em superfícies de manipulação de alimentos e utensílios que possam ser contaminados com a isca. Não aplicar o gel sobre as trilhas das formigas. Não aplicar o gel junto com pulverização convencional ou qualquer outra aplicação que gere vapores.

7.4 ATOMIZAÇÃO (APLICAÇÃO DE INSETICIDA NAS FORMULAÇÕES SC e CS)

Para Moscas, Mosquitos, Baratas: Utilizar o atomizador que promove uma aplicação com tamanho de gotas com variação de 50 a 100µm, liberadas no ar em forma de uma névoa fina. Abastecer o tanque de combustível com 40ml de óleo mineral para cada 1 litro de gasolina. Em seguida, encher o equipamento com água dentro da capacidade, diluir o produto na dosagem recomendada na ordem de serviço e adicionar para preparar a calda. Ligar o equipamento e aplicar em paredes, pisos, frestas. Manter a alça do atomizador num ângulo de 45 graus para cima, iniciando a aplicação de cima para baixo, e de dentro para fora do local a ser tratado. Aplicar sempre uniformemente, para atingir toda a área de cobertura desejada.

7.5 APLICAÇÃO SPOT

Aplicação Localizada através de pequenas gotas: aerossol ou spray. Realizada por meiodo equipamento SAI – Sistema de Aplicação do Insetipro Spray, desenvolvido para essa finalidade. Colocar o produto Insetipro (pronto uso) diretamente no recipiente (frasco plástico) do SAI, que ao ser acionado transformar o líquido em gotículas aerossóis.

PARA BARATAS GERMÂNICAS: Acionar o gatilho e aplicar o produto em frestas, fendas e outros locais onde os insetos gregários se alojam (azulejos quebrados, entre pias e gabinetes, embaixo de bancadas e prateleiras, dobradiças de armários, etc).

Diretamente da ponta do equipamento jato do aerossol gerado oscila entre de 5 a 50 cm. Esse jato pode ser ajustado (maior ou menor vazão) através de seu registro posterior (botão preto giratório na parte de trás do equipamento). São as gotículas formadas em sua ponta que devem ser direcionadas para os pontos de aplicação.

RENDIMENTO DO INSETIPRO:

  • 1000mL (1L): até 4.000 acionamentos (0,25mL/acionada);
  • Vazão 70mL/min;
  • Distância de Aplicação: ≅50cm das frestas e fendas;
  • Voltagem do equipamento: 110 e 220v.

8. PROCEDIMENTOS APÓS APLICAÇÃO

8.1 Recolher todos os materiais utilizados no serviço e guardar no veículo;

8.2 Ao término do serviço, lavar o pulverizador e/ou atomizador com água corrente e despejar a calda resultante da lavagem nos ralos ou caixas de esgoto já tratadas, no caso do atomizador, deixar o equipamento resfriar para realizar a lavagem;

8.3 Sair do ambiente, retirar os EPI´s, lavar as mãos, antebraço e rosto;

8.4 Preencher a Ordem de Serviço, descrevendo os procedimentos realizados, as não conformidades identificadas no ambiente, bem como qualquer intercorrência, se houver;

8.5 Solicitar ao cliente a assinatura da ordem de serviço, deixando uma cópia com o mesmo;

8.6 Reforçar com o cliente as recomendações referentes ao serviço realizado;

9. PROCEDIMENTOS FINAIS

9.1 Ao retornar para a Empresa, prestar contas ao Chefe Imediato das Ordens de Serviços, devolução de produtos, de embalagens, de equipamentos e de outros documentos;

9.2 Lavar os EPI´S com sabão neutro na cuba destinada para esse fim.  Antes de lavar a máscara, retirar o filtro. Secar à sombra.

9.3 Guardar os EPI´S limpos no armário dedicado para esse fim;

9.4 Recolher o fardamento utilizado em saco plástico, para posterior lavagem;

9.5 Tomar banho e vestir roupa limpa.

10. PRIMEIRO SOCORROS (Em casos acidentais)

  • Inalação do Produto:Procurar ambientes abertos para respirar ar puro e buscar atendimento médico, conforme orientação da empresa.
  • Ingestão do Produto: Buscar atendimento médico, conforme orientação da empresa.
  • Contato com a Pele: Lavar bem o local com água em abundância, e buscar atendimento médico conforme orientação da empresa.
  • Contato com os Olhos: Lavar bem os olhos com água corrente em abundância, de 3 a 5 minutos, e buscar atendimento médico, conforme orientação da empresa.

CONTROLE DE PRAGAS

O controle de pragas urbanas é o conjunto de ações preventivas e corretivas que visam impedir que vetores e pragas se instalem em um ambiente.

O controle de pragas deve ser realizado através de um conceito novo: o “Controle Integrado de Pragas”, caracterizado como sendo um sistema que incorpora ações preventivas e corretivas sobre o ambiente urbano, ações estas destinadas a impedir que os vetores e as pragas urbanas possam gerar problemas significativos.

O Controle Integrado de Pragas visa minimizar o uso abusivo e indiscriminado de praguicidas.

É uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento de critérios que garantam resultados favoráveis sob o ponto de vista higiênico, ecológico e econômico.

Para se fazer isso, os hábitos e ciclos de vida de muitas pragas devem ser entendidos e as medidas apropriadas para resolver estes problemas devem ser implementadas.

O Manejo Integrado de Pragas é uma filosofia utilizada no controle de pragas.

Esta filosofia consiste nos seguintes passos:

a) Identificar a Espécie.Acorreta identificação da espécie possibilita o acesso ao acervo de informações técnicas e científicas sobre ela.

b) Compreender a Biologia e o Comportamento da Praga. Após a identificação, pode-se analisar os aspectos biológicos e comportamentais da praga, buscando-se informações sobre o alimento, necessidades térmicas, umidade, habitat, e aspectos da reprodução.

c) Determinar o nível de infestação para adoção dos métodos adequados de controle.Analisar e determinar quais as condições locais que propiciam o desenvolvimento e a manutenção da infestação.

d) Conhecer e avaliar adequadamente o uso das medidas de controle (riscos, benefícios, eficácia). Utilizar os métodos de controle químicos e biológicos disponíveis (produtos devidamente registrados) e sua aplicabilidade na situação em questão. Considerar medidas como: remoção mecânica (aspiração), armadilhas, iscas, defensivos, controle biológico e outras.

e) Implementar táticas seguras e efetivas de controle.Avaliar o impacto das medidas a serem adotadas sobre o ambiente (público, animais domésticos, resíduo em alimentos e utensílios).

f) Avaliar a eficiência do controle.Realizar o monitoramento do nível de infestação (armadilhas de cola ou sinais indicativos de infestação) após a aplicação e, se necessário, adotar medidas de controle complementares. O monitoramento feito após um tratamento pode ser utilizado como um indicador de qualidade do controle As principais medidas preventivas para o controle de pragas visam eliminar ou minimizar as condições ambientais que propiciem sua proliferação, que são: Água, Abrigo, Alimento e Acesso. Estas medidas são conhecidas como plano de eliminação dos 4As.

Responsabilidade no controle de pragas.

A responsabilidade básica no controle das pragas infestantes de uma propriedade, área livre ou edificada, é de seu proprietário e/ou ocupante. A cooperação e a participação de todos é vital para o sucesso no controle de pragas. Somente uma ação conjunta dos indivíduos desta comunidade afetada poderá ser capaz de resolver o problema.

Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA)

São doenças provocadas pelo consumo de alimentos que ocorrem quando micróbios prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas estão presentes no alimento.

Os sintomas mais comuns de DTA são vômitos e diarreias, podendo também apresentar dores abdominais, dor de cabeça, febre, alteração da visão, olhos inchados, dentre outros. Para adultos sadios, a maioria das DTA dura poucos dias e não deixa sequelas; para as crianças, as grávidas, os idosos e as pessoas doentes, as consequências podem ser mais graves, podendo inclusive levar à morte.

Boas Práticas

O que são Boas Práticas? São práticas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor. O objetivo das Boas Práticas é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados.

Contaminação

Normalmente, os parasitas, as substâncias tóxicas e os micróbios prejudiciais à saúde entram em contato com o alimento durante a manipulação e preparo. Esse processo é conhecido como contaminação. A maioria das DTA está associada à contaminação de alimentos por micróbios prejudiciais à saúde.

01 - Contaminação por Parasitas

Os parasitas como: ameba, giárdia e vermes podem estar presentes no solo, na água e no intestino dos homens e dos animais, podendo então contaminar os alimentos e causar doenças.

02 - Contaminação por Micróbios

Se não forem tomados alguns cuidados, os micróbios que contaminam o alimento podem se multiplicar rapidamente e causar doenças. É sempre bom lembrar que medidas simples, como lavar as mãos, conservar os alimentos em temperaturas adequadas e o cozimento correto evitam ou controlam a contaminação dos alimentos. Essas medidas simples fazem parte das Boas Práticas. Como os micróbios prejudiciais à saúde representam um problema tão importante para os serviços de alimentação dedicamos os próximos capítulos a eles.

O que são os micróbios? Os micróbios são organismos vivos tão pequenos que só podem ser vistos por meio de um equipamento com potentes lentes de aumento chamado microscópio. Eles também são conhecidos como microrganismos.

Quando os micróbios se multiplicam nos alimentos?

Os micróbios multiplicam-se nos alimentos quando encontram condições ideais de nutrientes, umidade e temperatura

Como deve ser o local de trabalho?

O que fazer com o lixo?

Quem é o manipulador de alimentos?

A pessoa que lava, descasca, corta, rala, cozinha, ou seja, prepara os alimentos.

Você lava as mãos corretamente?

Para lavagem correta das mãos siga os seguintes passos:

  1. Esfregue a palma e o dorso das mãos com sabonete, inclusive as unhas e os espaços entre os dedos, por aproximadamente 15 segundos;
  2. Enxágue bem com água corrente retirando todo o sabonete;
  3. Seque-as com papel toalha ou outro sistema de secagem eficiente;
  4. Esfregue as mãos com um pouco de produto antisséptico.
Olá, precisa de ajuda?