Abelhas

São conhecidas mais de 20.000 espécies de abelhas. Elas podem viver solitárias ou formar colônias com cerca de 80.000 indivíduos.

As abelhas mais conhecidas são as comumente denominadas abelhas africanizadas (mistura da abelha africana com a européia) que podem causar acidentes, devido a inoculação de veneno com ferrão.

Existem também as chamadas abelhas nativas, as quais em sua grande maioria não têm ferrão nem veneno (arapuá, jataí, mandaçaia, entre outras) e, normalmente, enroscam no cabelo quando importunadas. E por último as mamangavas, abelhas grandes e solitárias, com ferrão e veneno, que em geral fazem seus ninhos no solo ou em ocos de árvores.

SOCIEDADE DAS ABELAS

A sociedade das abelhas é constituída por castas, as quais apresentam funções bem definidas. As colônias formadas pelas abelhas podem apresentar até 80.000 indivíduos. Desses, apenas um é a rainha, sendo a maioria operária e a outra parcela constituída por zangões.

Rainha: A função da rainha é pôr ovos e manter a ordem social na colmeia.

As operárias realizam todo o trabalho para a manutenção da colmeia.

Os zangões são as abelhas machos da colônia, cuja única função é fecundar a rainha durante o voo nupcial.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E ECOLÓGICA DAS ABELHAS

As abelhas apresentam uma grande importância econômica, já que diversas substâncias produzidas por elas são utilizadas pelo homem de diversas formas. Entre as diversas utilidades, podemos destacar o uso de ceras na fabricação de cosméticos e o uso medicinal do mel e do própolis. Até mesmo o veneno das abelhas é utilizado por alguns países no tratamento de algumas doenças, como o reumatismo.

As abelhas também apresentam uma importância ecológica imensurável, pois, ao pousar nas flores em busca de néctar e pólen, elas contribuem para a polinização de diversas espécies.

Ácaros

Os ácaros, grandes vilões causadores de alergias em humanos (ácaros domésticos), são seres minúsculos, geralmente menores que um milímetro de comprimento, que pertencem à classe dos aracnídeos e fazem parte da subclasse Acarina ou Acari.

Estes seres diminutos têm explorado uma incrível variedade de habitats devido a sua pequena dimensão (a maioria são microscópicos) e são raramente notados. Grande parte dos ácaros vive livremente no solo ou na água, como também existem espécies que vivem como parasitas de plantas e animais vertebrados e invertebrados.

Os ácaros se desenvolvem em temperaturas de 20 a 25 ºC e possuem preferência por níveis de umidade de até 80%.

Os ácaros podem ser predadores, fitófagos, detritívoros, e podem se alimentar de bactérias e nematoides.

RISCO À SAÚDE

Além dos ácaros domésticos existem ainda os ácaros parasitas do homem. Estes podem atingir os folículos pilosos e as glândulas sebáceas, como o Demodex folliculorum, provocando a formação de cravos, como também atingir as áreas cutâneas, como o Sarcoptes scabiei, o famoso causador da sarna humana (escabiose).

Os ácaros também causam grandes perdas agrícolas como o ácaro vermelho das palmeiras (Raoiella), ácaro hindu dos citrus (Schizotetranychus hindustanicus) e o ácaro da erinose da lichia (Eriophyes litchii).

CICLO DE VIDA DOS ÁCAROS

  • O ciclo da maioria das espécies de ácaros envolve 4 fases: ovo, larva, ninfa e adulto.
  • O desenvolvimento completo médio leva 30 dias.
  • A fêmea produz cerca de 50 ovos em 30 dias.
  • Após a eclosão dos ovos, surgem as ninfas, elas sofrem várias metamorfoses até a fase adulta.

MEDIDAS DE CONTROLE CONTRA ÁCAROS

Deixar os ambientes bem ventilados.

Higienizar com frequência e colocar no sol as roupas de cama e acessórios como travesseiros.

Limpeza semanal dos cômodos com aspirador ou pano de chão.

Evitar objetos que possam reter muita poeira como bichos de pelúcia, tapetes

Aranhas

São animais importantes para o funcionamento do ecossistema pois são predadoras que se alimentam de artrópodes e outros insetos, que em grande quantidade, podem se tornar pragas urbanas.

As aranhas são aracnídeos carnívoros de hábitos geralmente solitários, predadores e principalmente terrestres.

Alguns de seus predadores são pássaros, lagartixas, sapos, rãs, outras aranhas, insetos, entre outros animais.

Aranhas são majoritariamente peçonhentas, e injetam veneno em suas presas por meio do seu par de glândulas, encontrado em suas peças bucais.

Todas as aranhas produzem seda, mas só algumas constroem teias para capturar os animais de que se alimentam. As outras usam as teias como moradas e para proteger seus ovos.

Ciclo de vida

Após o acasalamento entre macho e fêmea, a aranha põe ovos, muitas vezes em grandes quantidades (mais de 1.000 em uma única postura), que ficam protegidos numa bolsa de fios de seda chamada ovissaco.

Há variações quanto ao tempo de vida, de alguns meses a vários anos.

As aranhas, assim como a grande maioria dos invertebrados, são abundantes e localizadas com alta frequência em quase todos os ambientes terrestres.

 De forma geral, se reproduzem preferencialmente nos períodos quentes do ano, época que as condições climáticas são favoráveis. Assim, são nestes períodos que encontramos com maior frequência esses animais nas residências e, consequentemente, maior número de acidentes são observados.

Espécies de aranhas

Aranha marrom (Loxosceles sp):

Espécie pequena (4cm), de cor marrom avermelhada e hábito noturno. Costuma construir teias irregulares em cantos de parede, tijolos, madeiras, atrás de móveis, etc. É frequentemente encontrada em ambientes domésticos.

Acidentes com essa espécie ocorrem quando ela é comprimida contra o corpo, pois não é agressiva. No entanto, os acidentes são graves, pois seu veneno possui efeito necrosante, apesar da picada não ser muito dolorida.

Armadeira (Phoneutria sp):

  • Conhecida como aranha da banana, essa espécie é grande (17cm), possui hábito noturno e apresenta coloração cinza ou castanha.
  • Os principais pontos de ocorrência dessa espécie são terrenos baldios, pois estão associadas à presença de vegetação, especialmente bananeiras.
  • Não constroem teias e, devido ao hábito de sair em busca de alimento, podem adentrar residências.
  • Os acidentes com essa espécie são bastante comuns, pois é muito agressiva, podendo saltar uma distância de até 40cm. A picada dessa aranha produz dor intensa imediata, podendo desencadear quadros de tontura, dispnéia e vômitos.

Viúva negra ou viúva marrom (Latrodectus sp):

Espécie muito pequena (2cm), de hábito noturno, apresenta coloração preta ou marrom, com um desenho laranja ou vermelho em forma de ampulheta na face ventral do abdome.

Encontrada sob vegetação rasteira ou sob móveis de jardins (ambientes sombreados). Podem ocorrer dentro das residências.

Aranha de jardim (Lycosa sp):

É a espécie mais comumente encontrada e a característica principal é um desenho em forma de seta no abdome.  A aranha adulta  mede  de 3,5 a 9 mm.

A superfície superior do corpo tem um padrão cinzento/castanho e a superfície inferior costuma ser branca acastanhada.

Os acidentes são frequentes, porém não são graves, apresentando apenas dor local, sem maiores consequências.

Caranguejeira:

Por ser uma espécie grande, costuma assustar as pessoas. Apesar disso, costuma ter um temperamento calmo. Quando se sentem ameaçadas, soltam cerdas urticantes que podem provocar reação alérgica. Os acidentes não são graves, apresentando apenas dor local pouco intensa.

MEDIDAS DE CONTROLE

Realizar remoção periódica de teias presentes nas paredes, atrás e sob os móveis

Não deixar camas encostadas na parede, a fim de evitar que as aranhas caiam sobre elas

Manter limpos quintais e jardins

Manter a vegetação aparada rente ao solo e recolher as folhas caídas

Não acumular material de construção ou entulho

Não acumular lixo

Manter caixas de gordura bem vedadas para não atrair baratas, que são alimento para as aranhas

Não colocar fogo em terrenos baldios, pois desaloja os animais

Rebocar paredes e muros, retirando as frestas

Instalar frisos nas portas para evitar a passagem desses animais

CONTROLE QUÍMICO:

Áreas internas: Tratamento de barreira química em junções de paredes com piso, rodapés, atrás e sob móveis, com pulverização dos locais acessíveis.

Áreas externas: Tratamento espacial com atomização das áreas externas e locais de difícil acesso.

Baratas

Existentes a mais de 300 milhões de anos, as baratas já somam cerca de 5.000 de espécies no mundo.

As baratas gostam de ambientes úmidos e algumas espécies preferem lugares quentes.

As baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal. Uma curiosidade é que podem viver uma semana sem beber e até um mês sem comer.

PROBLEMAS QUE AS BARATAS PODEM CAUSAR

Entre os principais problemas que as baratas podem ocasionar aos seres humanos está a sua atuação como vetores mecânicos de diversos patógenos (bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus).

As baratas domésticas são responsáveis pela transmissão de várias doenças, através das patas e fezes pelos locais onde passam.

CICLO DE VIDA DAS BARATAS

PRINCIPAIS ESPÉCIES DE BARATAS

Barata francesinha (Blatella germânica)

Conhecida popularmente como baratinha de cozinha, baratinha germânica ou alemanzinha mede de 10 a 15 mm, possui cor castanha com duas listras no tórax e apesar de ter as asas não possuem habilidade para voar. Apresentam uma longevidade de, em média, 140 dias.

É a menor espécie de barata de importância econômica e de maior prevalência em apartamentos, supermercados, açougues, padarias, fábricas de alimentos, lanchonetes, hospitais, cervejarias, banheiros e restaurantes.

Em ambientes internos, B. germânica, costuma abrigar-se em depósitos de alimentos e embalagens, fornos, estufas, geladeiras, freezers, coifas, motores elétricos, sob pias e bancadas, dutos de eletricidade, máquinas de refrigerante e café, batedeiras, vestiários, frestas na alvenaria, gabinetes e armários embutidos e divisórias.

Barata Americana (Periplaneta americana)

É conhecida como barata de esgoto, mede de 3,5 a 4,0 cm, cor vermelha acastanhada e asas mais compridas do que o corpo no macho e cobrem o abdome no caso da fêmea.

Apresentam uma longevidade de 2 a 3 anos.  Preferem o calor, são encontradas em porões, ralos, esgotos, lixos, encanamentos e tubulações.

Habitam áreas externas, galerias, caixas d’água, caixas de força, tubos de queda de lixo, porões, sótãos, cemitérios, caixas de  gordura, canaletas, fossas sépticas, tubulações de esgoto

Uma fêmea pode gerar cerca de 800  descendentes ao ano.

CONTROLE PREVENTIVO DAS BARATAS

As medidas de prevenção é a melhor maneira de evitar infestações de baratas. Que são elas:

Eliminar as fontes de alimentos 

Manter o ambiente limpo 

Realizar a manutenção do local 

Inspecionar a entrada de mercadorias

MÉTODOS DE CONTROLE QUÍMICO

  • Pulverização
  • Polvilhamento
  • Aplicação De Isca Gel
  • Aplicação Localizada

Carrapatos

São artrópodes pertencentes à classe Arachinida, como as aranhas e escorpiões.

Os carrapatos são ectoparasitas (parasitas externos), ou seja, vivem na superfície do corpo de um hospedeiro (animais domésticos, animais silvestres e o homem) e são também hematófagos, se alimentam do sangue de seus hospedeiros.

ESPÉCIES DE CARRAPATOS

Os carrapatos são classificados em duas famílias: Ixodidae e Argasidae.

Os ixodideos são denominados “carrapatos duros” pois apresentam um escudo rígido, quitinoso. Neste grupo estão incluídos a maioria dos carrapatos de interesse médico veterinário.

Os argasídeos, também conhecidos como “carrapatos moles”, recebem esta denominação porque não possuem escudo. Nesta família estão os carrapatos de aves e os carrapatos de cão.

RISCOS À SAÚDE

Os carrapatos hospedam e transmitem diversos agentes patogênicos (vírus, bactérias, riquétsias e protozoários) ao homem (hospedeiro acidental) e aos animais.

Os microrganismos são transmitidos através da saliva dos carrapatos, que é injetada no local da picada, e que por sua vez apresenta toxinas, substâncias anestésicas e anticoagulantes.

Entre as doenças transmitidas ao homem, podemos citar: febre maculosa brasileira e borreliose de Lyme. Existem outras doenças transmitidas por carrapatos, que só atingem animais.

CICLO DE VIDA

Os carrapatos possuem ciclo de vida que inclui as fases de: ovo – larva – ninfa e adulto.

Após ingerir sangue de um hospedeiro, a fêmea se desprende do mesmo e deposita milhares de ovos, geralmente no ambiente, morrendo em seguida.

Em condições satisfatórias de temperatura e umidade, ocorre a incubação (entre 30 a 40 dias, aproximadamente) e, após este período, as larvas eclodem.

As larvas oportunamente fixam-se em um hospedeiro (normalmente de pequeno porte), realizam repasto sanguíneo, desprendem-se deste, caem no ambiente e após 10 dias, em média, realizam a ecdise (muda) para o estágio de ninfa.

Após cerca de 3 semanas, as ninfas já estão prontas para alimentação em hospedeiro de pequeno porte. Quando alimentadas, estas ninfas caem no solo e realizam ecdise transformando-se em adultos.

Em um hospedeiro (normalmente de grande porte), macho e fêmea adultos acasalam e a fêmea alimenta-se de sangue, iniciando um novo ciclo.

MÉTODO DE PREVENÇÃO

A higiene e o monitoramento dos locais onde os carrapatos podem ser encontrados é sempre importante.

Deve-se manter o gramado ou mato aparado próximo aos locais de criação dos animais e áreas de circulação do homem expõe os carrapatos que estão presentes no ambiente a condições adversas levando-os à morte principalmente por desidratação, além de impedir que roedores que servem como hospedeiros intermediários escondam-se ali.

MÉTODO DE CONTROLE

No mercado existem muitos produtos de uso veterinário, de diferentes grupos químicos, para o combate destes ectoparasitas.

No controle é de extrema importância o tratamento dos animais parasitados regularmente a fim de que haja eliminação das várias fases do carrapato e de que não haja reprodução no hospedeiro.

Cupins

São conhecidos como térmitas, siriris, formigas brancas e aleluias.

Os cupins atuam reciclando a matéria orgânica e aerando o solo quando constroem galerias, por isso são considerados importantes decompositores.

O principal dano causado pelos cupins é sua capacidade de digerir celulose, sendo os principais agentes biológicos de degradação de madeira.

Os cupins têm nos produtos celulósicos sua principal fonte de alimentos.

Várias espécies de cupins são pragas agrícolas, alimentando-se de várias partes de plantas cultivadas, incluindo cana-de-açúcar, eucalipto, amendoim, frutíferas e outras.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL DOS CUPINS

Os cupins vivem em castas denominados de colônias e apresentam um sistema de castas altamente desenvolvido, com diferentes funções.

Operários:são indivíduos estéreis, responsáveis pelos trabalhos da colônia, como construir o ninho, coletar alimentos, manter a limpeza da colônia, cuidar das ninfas, etc.;

Soldados:são machos e fêmeas estéreis. São responsáveis pela defesa da colônia;

Reis e as rainhas:são organismos férteis, responsáveis pela reprodução no interior do cupinzeiro. Apresentam asas e são conhecidos popularmente como “aleluias”.

Alados:são encarregados de formar uma nova colônia. São chamados popularmente de Aleluias ou Siriris, fase atraída pela luz, comumente presente nos meses de agosto e setembro.

CICLO DE VIDA DOS CUPINS

  • Os cupins são divididos em várias espécies e cada uma possui características de desenvolvimento diferentes.
  • Esses insetos possuem ótima organização nas suas colônias e realizam o que chamamos de metamorfose incompleta.
  • O ciclo de vida dos cupins se resume em:OVO, LARVA, NINFA E ADULTOS.

TIPOS DE CUPINS

CUPINS SUBTERRÂNEO: Constrói sua colônia preferencialmente no solo, em local subterrâneo, pois depende de umidade para sobreviver

CUPINS ARBORÍCOLAS: são os responsáveis por impedir a formação de pastagens, pois dificultam as culturas plantadas, podem servir de abrigo para animais como: cobras e escorpiões e também causam danos aos materiais históricos (livros e móveis).

CONTROLE QUÍMICO DE CUPINS

Tratamento químico convencional:Esse tipo de estratégia envolve a aplicação de produtos químicos com as seguintes técnicas:

Pulverização líquida das superfícies de madeira: injeção de calda inseticida na madeira ou na alvenaria em perfurações feitas previamente, polvilhamento de pó seco nos conduítes e painéis elétricos; encharcamento de floreiras, jardins e gramados.

Tratamento com iscas:  Algumas  espécies de cupins subterrâneo podem ser controladas por sistema que utiliza iscas impregnadas com regulador de crescimento. Ao carregarem a isca que contém o princípio ativo até a colônia, esta é eliminada, sem a necessidade de aplicação generalizada de inseticida sobre as superfícies afetadas.

Escorpião

Os escorpiões são aracnídeos, sendo que todas as espécies possuem veneno podendo injetá-lo através do ferrão. No entanto poucas espécies possuem veneno capaz de provocar acidentes graves para o homem.

Os escorpiões mais perigosos no Brasil, pertencem ao gênero Tityus, sendo a espécie Tityus serrulatus (escorpião amarelo), o maior responsável pelos acidentes graves e óbitos registrados no Estado de Goiás.

A maioria das espécies de escorpião apresentam hábitos noturnos, quando saem para capturar suas presas, sendo ainda mais ativos em meses de temperaturas mais elevadas.

Os escorpiões são predadores, alimentando-se principalmente de insetos e outros invertebrados. Têm como inimigos naturais algumas aves, répteis (como lagartos e lagartixas), anfíbios e algumas espécies de aranhas.

ESPÉCIES DE ESCORPIÃO MAIS COMUM NO BRASIL

CICLO DE VIDA

A fêmea é vivípara, ou seja, os filhotes desenvolvem-se dentro da mãe. Alguns escorpiões reproduzem-se assexuadamente por partenogênese, em que os óvulos se desenvolvem diretamente em embriões, sem serem fecundados por um macho, como ocorre, por exemplo, com  serrulatusT. stigmurus, as quais geram novas fêmeas.

Outros escorpiões reproduzem-se de forma sexuada, a qual há transferência de espermatozoides do macho para a fêmea, como ocorre com  bahiensis.

Para essas espécies de importância em saúde pública a gestação dura em torno de 3 meses, as ninhadas são de aproximadamente 20 filhotes com 2 partos por ano e o desenvolvimento até a fase adulta é de aproximadamente 1 ano. Seu crescimento é dependente de fatores como temperatura, disponibilidade de alimento e reprodução.

AGRAVOS PARA A SAÚDE

Os escorpiões são considerados peçonhentos, pois possuem veneno e podem inoculá-lo através do ferrão. O quadro clínico do envenenamento pode variar, pois depende de diversos fatores como: a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a idade e a massa corpórea da vítima, sendo crianças e idosos, o grupo mais vulnerável. Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível.

Os acidentes são mais frequentes na primavera e verão, quando há o aumento natural da população de escorpiões em função do período de reprodução. Geralmente ocorrem quando o escorpião é pressionado contra o corpo, como estratégia de defesa do animal.

MEDIDAS PREVENTIVAS:

Os escorpiões são considerados peçonhentos, pois possuem veneno e podem inoculá-lo através do ferrão. O quadro clínico do envenenamento pode variar, pois depende de diversos fatores como: a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a idade e a massa corpórea da vítima, sendo crianças e idosos, o grupo mais vulnerável. Em caso de acidentes, deve-se procurar auxílio médico o mais rápido possível.

Os acidentes são mais frequentes na primavera e verão, quando há o aumento natural da população de escorpiões em função do período de reprodução. Geralmente ocorrem quando o escorpião é pressionado contra o corpo, como estratégia de defesa do animal.

Tratamento químico convencional:Esse tipo de estratégia envolve a aplicação de produtos químicos com as seguintes técnicas:

Pulverização líquida das superfícies de madeira: injeção de calda inseticida na madeira ou na alvenaria em perfurações feitas previamente, polvilhamento de pó seco nos conduítes e painéis elétricos; encharcamento de floreiras, jardins e gramados.

Tratamento com iscas:  Algumas  espécies de cupins subterrâneo podem ser controladas por sistema que utiliza iscas impregnadas com regulador de crescimento. Ao carregarem a isca que contém o princípio ativo até a colônia, esta é eliminada, sem a necessidade de aplicação generalizada de inseticida sobre as superfícies afetadas.

PARA EVITAR ACIDENTES:

– Examinar roupas e calçados antes de usá-los;
– Manter cama, sofás, berços afastados da parede;
– Manter lençóis, cobertores, cortinas sem contato diretamente com o chão;
– Usar luvas grossas ao manusear materiais de construção, na limpeza de jardins ou outros materiais que possam servir de abrigo a escorpiões.

CONTROLE QUÍMICO

Para o controle químico dos escorpiões deve-se utilizar formulações com ação residual. Não deve desalojar, nem provocar irritabilidade no escorpião em virtude do risco de acidentes.

Em caso de acidente com escorpiões, procurar atendimento médico o mais rápido possível, principalmente quando as vítimas se tratarem de crianças e idosos.

Formigas

As formigas são insetos sociais que vivem em colônias.

Do total existente, cerca de 1% das espécies podem ser consideradas pragas por causar conflito com os interesses do homem.

Aparecem em quase todas as regiões do planeta, de desertos a florestas inundadas, de altas montanhas aos baixos vales, exceto na região polar.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL DAS FORMIGAS

As formigas são organizadas em casta e cada uma delas possui uma função definida na colônia.

De modo geral, elas organizam-se em três castas: rainha, machos e operárias.

Rainhas: vivem de 10 a 20 anos e são responsáveis pela continuidade da espécie, pois são as únicas que podem se reproduzir.

Machos: têm um curto período de vida, que varia de semana até anos. Eles servem para copular com a rainha, depois disso morrem.

Operárias: todas são fêmeas, estão em maior quantidade na colônia, não possuem asas e são estéreis. Elas são responsáveis pela construção, manutenção e segurança do formigueiro, além disso elas cuidam da rainha e da sua prole.  As operárias vivem de dois a três meses e durante toda sua vida trabalham em prol da colônia.

ALIMENTAÇÃO

Grande parte das formigas são onívoras, isto é, nutrem-se com vegetais, animais ou restos de alimentos humanos. As carnívoras comem animais mortos e secreções de insetos vivos. Já as herbívoras se alimentam principalmente de seiva, néctar ou fungos.

PROBLEMAS CAUSADOS PELAS FORMIGAS

As formigas são insetos que parecem inofensivos aos olhos humanos, no entanto, podem disseminar uma série de doenças como diarreia, disenteria, cólera, entre outras.

As formigas são vetores mecânicos que transportam em seu corpo microrganismos presentes em seus locais de passagem, como bueiros, frestas, buracos, ruas, galerias de esgoto e de água, lixeiras, animais mortos.

ESPÉCIES DE FORMIGAS

  • Existem aproximadamente 18.000 espécies de formigas, das quais 2.000 são encontradas no Brasil.
  • Formigas de fogo– também conhecidas como pixixica, esse inseto tem uma coloração que varia do amarelo até o marrom escuro. Elas são onívoras e sentem-se atraídas por carne e óleo. 
  • Formigas carpinteira (Camponotus ssp) – também chamada de formiga-de-cupim, elas recebem esse nome pois seus ninhos geralmente são construídos em ambientes de madeira, mas não alimenta-se desse material.  Assim como as formigas de fogo, essa espécie quando se sente ameaçada costuma picar. 
  • Formigas cortadeira– possuem uma coloração que varia de marrom amarelado ao preto. Constroem seus ninhos no solo e alimenta-se principalmente de um fungo extraídos de plantas que levam ao formigueiro. Esse grupo é composto por várias espécies, as mais conhecidas são as saúvas e as quenquéns.
  • Formigas faraó– conhecidas também por formigas-do-açúcar, são onívoras e se alimentam principalmente de gorduras e doces. Elas são consideradas um risco de saúde pública, isso porque, são vetores de bactérias que podem causar infecções. 
  • Formigas fantasma– Preferem habitar locais úmidos, por esse motivo são frequentemente encontradas em cozinhas e banheiros, em cima da pia ou no chão. Quando esmagadas liberam um odor desagradável, o que faz serem conhecidas também como formigas cadáver.

CICLO DE VIDA DAS FORMIGAS

  • O ciclo de vida das passam por quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulta

  • Todas as formigas têm o mesmo ciclo de desenvolvimento e passam pelas fases de ovo, larva, pupa e adultos. Contudo, na fase larval acontece a divisão de castas e a fêmea se tornará rainha em função da maior quantidade e qualidade do alimento recebido.

MEDIDAS PREVENTIVAS

É importante identificar e remover fontes indevidas de alimentos, assim como monitorar e ter atenção à constante limpeza e organização do local, além de bloquear, sempre que possível, locais de possível acesso.

Limpeza adequada do ambiente.

Eliminação e armazenamento adequado de fontes de alimentos, principalmente os adocicados.

MÉTODO DE COTROLE QUÍMICO

Para formigas doceiras:

  • Iscagem:Uso dos géis com ação lenta (Trofalaxia).
  • Pulverização
  • Pincelamento:formulações com ingredientes ativos com efeito de transferência (operárias voltam ao formigueiro e contaminam todos os indivíduos).

Para formigas cortadeiras:

  • Pulverização
  • Iscas granuladas
  • Polvilhamento
  • A seguir são listadas algumas espécies de formigas.

Morcegos

Os morcegos constituem um grupo muito diversificado de espécies de mamíferos voadores que apresentam extrema importância do ponto de vista do equilíbrio ecológico pela sua atuação como polinizadores de plantas, dispersores de sementes e frutos, conversores de matéria orgânica e predadores de pequenos vertebrados e insetos, exercendo o controle de suas populações.

A maioria das espécies possui uma característica biológica notável: um sistema de eco localização, como um sonar que utiliza na orientação do voo e na localização de suas presas.

Apresentam um número muito grande de espécies que se alimentam de uma grande variedade de alimentos.

Dentre os hábitos alimentares dos morcegos observamos espécies frutívoras (frutos, folhas, partes florais, néctar, pólen e exsudatos vegetais), carnívoras (pernilongos, moscas, besouros, aranhas, pequenos artrópodes, peixes, rãs e pequenos vertebrados), onívoras (frutos, insetos e pequenos vertebrados) e hematófagas (única e exclusivamente de sangue).

RISCOS À SAÚDE

Os morcegos possuem grande relevância na transmissão de doenças ao homem, destacando-se a raiva e a histoplasmose.

CICLO DE VIDA

Os filhotes dos morcegos são gerados dentro do útero de suas mães. Apresentam uma gestação de 2 a 7 meses, dependendo da espécie, sendo que, geralmente, nasce um filhote por gestação.

Logo após nascer, algumas mães costumam carregar seus filhotes em vôos de atividade noturna. Nos primeiros meses os filhotes são alimentados com leite materno e, gradativamente, começam a ingerir o mesmo alimento dos adultos.

Os morcegos possuem expectativa de vida alta, variando entre 10 e 30 anos, porém há registros de espécies insetívoras com 40 anos.

MANEJO E CONTROLE DE MORCEGOS

Morcegos são animais silvestres protegidos por lei, sendo o manejo e/ou controle regulamentado pela Instrução Normativa do IBAMA nº 141/2006.

A maneira mais correta de prevenir infestações é cortando o acesso ao esconderijo e à fonte de alimento dos invasores.

Caso encontre algum morcego com comportamento anormal, caído, exposto ao sol ou morto, não se deve manuseá-lo sem proteção adequada. Contatar o órgão de saúde competente. Em caso de mordedura ou contato com morcegos deve-se procurar orientação médica.

Moscas

As Moscas são insetos dípteros (com duas asas) mais comumente avistados em ambientes urbanos.

São extremamente importantes sob o ponto de vista ecológico, pois constituem grande parte da biomassa, servindo de alimento para diversas outras espécies, decompondo matéria orgânica, atuando como polinizadores e controlando as populações dos estágios larvais de outros insetos.

Moscas

As espécies mais comuns de moscas não hematófagas de importância sanitária alimentar e médico-veterinária encontradas em áreas urbanas são pertencentes a duas famílias: Muscidae e Calliphoridade.

Dentre as espécies sinantrópicas, destacam-se a Mosca-Doméstica (Musca domestica) e a Varejeira (Chrysomya megacephala), ambas espécies exóticas, que foram introduzidas e acabaram se adaptando muito bem ao ambiente urbanizado.

Em geral as moscas são ativas durante o dia e repousam à noite.

Riscos à saúde

A mosca é um vetor mecânico, com a mesma facilidade que ela coleta os germes em lugares contaminados, a mosca também os repassa para os alimentos de três formas: através do regurgito, das fezes ou apenas com o contato de suas pernas.  

Esta transmissão é feita de forma mecânica, por meio de suas pernas, cujas cerdas podem reter cistos de protozoários, como os de amebas e Giardia spp., bactérias, vírus e ovos de helmintos, pela defecção e, como costumam eliminar saliva para liquefazer alimentos sólidos, também pelas peças bucais.

CICLO DE VIDA DAS MOSCAS

Há quatro fases distintas na vida de uma mosca: ovo, larva,pupa e adulto. Dependendo da temperatura, leva 6-42 dias para o ovo desenvolver na mosca adulta.

O tempo de vida é normalmente 2-3 semanas, mas em condições mais frias, pode variar até três meses.

Os ovos são geralmente colocados em material orgânico, como adubo e lixo. Quando no estado adulto a fêmea, depois de fecundada, põe de 400 a 600 ovos.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Acondicionamento correto do lixo: dentro de sacos plásticos, em latas limpas com tampas adequadas,

Não jogar lixo a céu aberto ou em terrenos baldios, pois ele atrairá moscas para o local e, consequentemente, para  todas as casas da vizinhança;

Se enterrado, o lixo deve receber uma cobertura de terra compactada de no mínimo 30 cm;

Acondicionamento correto dos alimentos (em potes ou latas bem fechadas);

Lavagem frequente de áreas ou recipientes com qualquer tipo de resíduo orgânico (fezes de animais, restos    alimentares, e outros), de forma a manter o ambiente sempre limpo;

Não manter criações rurais em áreas residenciais.

A aplicação de inseticidas em barbantes é um recurso muito eficaz, já que as moscas frequentemente pousam em fios.

Providenciar a alocação de telas nos vãos e janelas, grelhas do tipo basculante nos ralos ou quaisquer outros artifícios de forma a impedir o acesso ao interior das residências.

CONTROLE QUÍMICO

PULVERIZAÇÃO:De preferência áreas externas com produtos de ação larvicida e adulticida.

ATOMIZAÇÃO:De preferência áreas externas com produtos de ação residual.

PINCELAMENTO:Áreas internas e externas

Após a dedetização, é importante manter uma rotina de cuidados diários com a casa.

CONTROLE MECÂNICO

Armadilhas luminosas:  altura recomendada: no geral de 1,50 até 2,0 metros, mas depende do local e também do tipo de inseto. É importante manter uma rotina de cuidados diários com a casa.

Percevjos de Cama

O percevejo de cama é um minúsculo inseto parasita, de formato oval e cor acastanhada, que se alimenta exclusivamente de sangue de seres humanos ou de animais domésticos.

Por serem muito pequenos, terem hábitos noturnos e se esconderem nos colchões das camas, eles podem passar despercebidos por muito tempo, já que sua picada pode ser facilmente confundida com as de mosquitos ou pulgas.

Existem diversos tipos de percevejo de cama, mas as espécies que mais afetam os seres humanos são a Cimex lectulariuse a Cimex hemipterus. Ao se alimentar, os percevejos incham e sua cor se torna vermelho-escura.

Os percevejos proliferam através de transporte passivo, quando são levados em bagagens, móveis, roupas e outros objetos provenientes de um local de infestação.

São pragas importantes em hotéis, quartéis e outros tipos de alojamento.

Em relação ao habitat se abrigam em fendas de colchões e almofadas, camas, sofás e mobiliários em geral, dobras de continas, carpetes, atrás de papeis de parede além de bagagens.

OS PERCEVEJOS DE CAMA TRANSMITEM DOENÇAS?

Não existem relatos demonstrando que são organismos transmissores de doenças, porém, os percevejos geralmente causam uma série de picadas seguidas que podem causar reações na pele. As reações às picadas dos percevejos variam, algumas pessoas têm poucos ou nenhum sintoma, enquanto outras experimentam uma reação mais intensa, com bastante coceira.

CICLO DE VIDA

O ciclo de vida do percevejo dura até 5 semanas e se divide nas fases ovo, ninfa e adulto.

Após a oviposição, eles eclodem em até 21 dias. Na fase de ninfa, passa por 5 estágios e cada um deles necessita de uma alimentação de sangue para o percevejo continuar o seu ciclo e crescimento.

A fêmea do percevejo de cama pode depositar cerca de 500 ovos durante sua vida, que é em média de 1 ano.

O tempo para atingir a fase adulta varia e pode chegar até 40 dias.

FATORES DE RESISTÊNCIA:

Podem ficar de seis a doze meses sem se alimentar;

Possuem hábito noturno;

Possuem grande mobilidade;

Os ovos são postos em seus abrigos (frestas e fendas);

Sua temperatura ideal é entre 20 e 28ºC, mas se adaptam a maiores e menores temperaturas;

Abrigam-se bem próximo à fonte de alimento;

Os ovos podem ser fonte de alimento;

Sofrem transporte passivo por bagagens, roupas e mobílias.

MEDIDAS DE CONTROLES

Manter os ambientes sempre limpos e arejados.

Aspirar semanalmente o pó em locais de difícil acesso, debaixo dos tapetes e nas frestas dos móveis.

Lavar toda roupa de cama com água quente.

Antes de se realizar qualquer tipo de aplicação de inseticidas deve-se realizar a limpeza. Para realizá-la deve-se utilizar um aspirador de pó para retirar parte dos percevejos e ovos”.

Pombos

A família de aves Columbidae abrange entre suas espécies os animais popularmente conhecidos como pombos e rolinhas.

A presença de columbídeos em áreas urbanas tem duas origens: uma, mais recente, em função da devastação de seus ambientes naturais de ocorrência, o que levou esses animais à procura de locais com maior oferta de abrigos e alimentos; outra é a domesticação de pombos.

Dessas espécies presentes em áreas urbanas a Columbia livia, popularmente conhecida como pombo-doméstico, se destaca por sua grande proliferação e também por trazer prejuízos na convivência direta com o homem, sendo assim considerada animal sinantrópico.

Em ambiente urbano, costumam fazer seus ninhos em lugares altos como sobrados e prédios, torres de igrejas, telhados e forros de casas e nos beirais das janelas.

O acúmulo de suas fezes e dos restos de seus ninhos pode ocasionar o entupimento de calhas e tubulações, bem como o desabamento e o apodrecimento precoce dos forros de madeira por causa do seu peso e umidade.

RISCOS À SAÚDE

São agentes transmissores de diversas doenças que acometem tanto humanos quanto animais como, por exemplo, a criptococose, a histoplasmose, encefalites, salmoneloses, dermatites e alergias dentre outras, além de atrair ratos, baratas e moscas pelo acúmulo de suas fezes.

Deve-se considerar que a presença de pombos não deve ser tratada como uma questão individual ou pontual e sim como uma questão de saúde pública, visto atingirem toda uma coletividade e necessitarem de medidas coletivas de controle.

CICLO DE VIDA

Nos centros urbanos os pombos, podem viver aproximadamente de 3 a 5 anos e em condições de vida silvestre 15 anos.

A reprodução pode ocorrer o ano todo nos centros urbanos, dependendo da disponibilidade de alimento. A fêmea coloca 2 ovos que eclodem entre 17 a 19 dias. A oviposição pode ocorrer de 5 a 6 vezes ao ano. Os filhotes abandonam o ninho em 4 a 5 semanas. Os jovens atingem a maturidade sexual entre 6 a 12 meses.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Controle da alimentação: não alimentar os pombos para que eles tenham sua função na natureza e sua população permaneça controlada.

Recolher sobras de alimentos de animais domésticos, aves de gaiola e criações, para não atrair pombos, ratos e baratas.

O hábito de fornecer alimentos para pombos acarreta desequilíbrio populacional com proliferação excessiva dessas aves, desencadeando problemas para o meio ambiente e afetando a qualidade de vida das pessoas.

A oferta ou escassez de alimentos influencia a reprodução dos pombos. Em locais onde há fartura de alimentos, ocorre aumento da reprodução e, portanto, aumento da população. Se há escassez, a população de pombos se mantém em equilíbrio.

MÉTODOS DE CONTROLE DE POMBOS

Instalação de redes.

Pendurar materiais brilhantes como CDs.

Instalação de hastes pontiagudas.

Aplicação de produtos com odores fortes (naftalina).

Aplicação de substâncias pegajosas (gel repelente).

Roedores

Os roedores constituem um grupo de pequenos mamíferos extremamente diversificados, pertencem a Ordem Rodentia, são caracterizados pela presença de dois pares de grandes dentes incisivos que crescem continuamente, levando os animais a roerem superfícies duras para desgastá-los.

São animais de hábitos predominantemente noturnos e hábeis escavadores, escaladores e nadadores.

São os maiores responsáveis pela perda de lavouras, de forma direta pela roedura de espigas e grãos e indireta pela sua contaminação por fezes e urina. Danificam ainda, móveis, fiações, tubulações, equipamentos e maquinários, ocasionando prejuízos e acidentes.

Por apresentarem comportamento marcadamente territorialista e olfato bem desenvolvido, possuem uma comunicação química bem estabelecida, liberando feromônios através de secreções como urina e fezes, as quais utilizam para demarcar seu território enquanto caminham.

Por possuírem olfato e paladar apurados buscam alimentos de sua preferência, encontrando-os em abundância, no interior das residências e no lixo domiciliar.

RISCOS À SAÚDE

Os roedores são importantes transmissores de patógenos e de doenças a eles associados, sendo as principais a peste bubônica, o tifo murino, a hantavirose e a leptospirose por suas altas taxas de gravidade e letalidade.

ESPÉCIES DE ROEDORES

Três espécies são particularmente importantes do ponto de vista sanitário por participarem ativamente do ciclo de transmissão de doenças em áreas urbanizadas.

A Ratazana ou Rato-de-Esgoto (Rattus norvergicus) é a maior destas espécies e podem ser encontradas em terrenos baldios, galerias de água e esgoto, margens de córregos e lixões, onde escavam tocas para se abrigar.

O Rato-de-Telhadoou Rato-Preto (Rattus rattus) tem por hábito viver em locais altos como sótãos, forros, vigas, caibros e armazéns, descendo em busca de alimentos. A ocorrência de ruídos baixos no forro à noite é um indicativo da presença desses animais.

O camundongo (Mus musculus); que habita preferencialmente o interior das residências, fazendo seus ninhos no interior de gavetas, armários, eletrodomésticos e despensas. É a espécie mais facilmente pega em ratoeiras.

CICLO DE VIDA DOS ROEDORES

Esses animais são capazes de se reproduzir a partir do 3º mês de vida, e sua gestação dura em média de 19 a 22 dias. A média de filhotes por ninhada é de 10 a 12 e por volta de 14 a 24 horas depois do parto, o aleitamento é iniciado.

Ao nascer, seu peso é em torno de 1,5 g, seu sistema imunológico não é completo e carecem totalmente de pelos.

A alimentação sólida desses animais só se inicia logo após 19 e 21 dias de idade

 

MEDIDAS PREVENTIVAS

A infestação de ratos num local pode ser verificada através da observação dos seguintes sinais:

Fezes:sua presença é um dos melhores indicadores de infestação. As fezes podem levar à identificação da espécie presente;

Trilhas:sua aparência é de um caminho bem batido, com 5 a 8 cm de largura, sendo encontradas geralmente nas proximidades de muros, junto às paredes, atrás de materiais empilhados, sob tábuas e em áreas de gramados;

Manchas de gordura:deixadas em locais fechados, por onde passam constantemente como, por exemplo, nas paredes e vigas;

Roeduras:os ratos roem (mas não ingerem) principalmente materiais como madeira, cabos de fiação elétrica e embalagens de alimentos para gastar sua dentição e como forma de transpor barreiras para alcançar os alimentos;

Tocas: são encontradas junto ao solo, junto aos muros, entre plantas e normalmente indica infestação por ratazanas;

DESRATIZAÇÃO:

É o controle dos roedores realizado através de raticidas, os quais devem ser utilizados com as medidas de segurança indicadas e por profissionais treinados.

MÉTODOS DE DESRATIZAÇÃO

1) Iscagem

O raticida é aplicado nos locais de passagem dos ratos. As iscas possuem um grande poder atrativo e conseguem controlar as espécies da infestação em pouco tempo, possuindo um efeito devastador.

Para maior segurança, é possível a instalação de caixas porta iscas. Além de proteção, elas também facilitam o monitoramento.

2) Armadilhas com cola

Esse método de controle de ratos é utilizado quando raticidas não são permitidos. Em alguns ambientes sensíveis, por exemplo, só alguns métodos como este são utilizados para o controle dos ratos na desratização.

3) Tamponamento de túneis

O método de barreira física combinado com barreira química é fatal para as ratazanas. Após a identificação do ninho, são aplicados raticidas em pó nos dutos onde os ratos passeiam. As tocas são fechadas e os animais morrem inalando o produto de combate.

Traças

As traças são pragas domésticas comuns de serem encontradas em casa. Essas pragas vivem em locais úmidos e seus nutrientes vêm de matéria orgânica vegetal. Tudo que contenha celulose pode ser atacado pelas traças.

As traças ficam penduradas na parede pois se abrigam em um casulo e se movimentam com ele em seu corpo.

É um dos poucos insetos que consegue digerir a queratina que existe em pelos.

Existem 3 tipos de traças que danificam objetos diferentes: traças de roupas, de papéis e livros e de comida. Na fase larval, elas ficam em um casulo e podem ser encontradas nas paredes dos ambientes.

O inseto pode viver até 4 anos.

TIPO DE TRAÇAS

Traças de roupas

A traça das roupas nada mais é do que uma mariposa. Formam casulo enquanto se alimentam, podendo ficar na parte interna dele. Os insetos voam pouco e não são atraídos pela luz. Quando as traças estão prontas para a fase de pupa, elas procuram buracos ou frestas para se abrigar.

Traças de livros

A traça de livros, ou traça prateada, é raramente encontrada na natureza, habitando centros urbanos. O inseto não possui asas. As traças de livros dificilmente destroem roupas e outros produtos de origem animal. Não possuem casulo, já saindo dos ovos com o formato adulto.

Traças de grãos

A traça dos grãos, ou traça dos cereais, ataca grãos inteiros, afetando seu peso e qualidade. Causa grande destruição nas lavouras. Pode danificar também as farinhas, causando inutilização do produto pronto para o consumo.

CICLO DE VIDA DAS TRAÇAS

As traças possuem 4 fases de desenvolvimento: larva, pupa com casulo, pupa sem casulo e adulto.

A traça pode se proliferar durante todo o ano. Porém, seu ciclo é acelerado nos períodos mais quentes, de primavera e verão. Após a reprodução, a fêmea coloca seus ovos em um local protegido como frestas e buracos dentro do ambiente.

A traça pode colocar de 50 a 150 ovos. Os ovos podem ser depositados também em locais de nutrição das traças, pois as larvas vão se alimentar desse material.

A fêmea morre alguns dias depois pois utilizou muita energia e não possui aparelho para se alimentar.

O período da fase larval é variado – de meses a anos. Na fase de larva é que os insetos destroem objetos e materiais no seu ambiente. Ela come tudo que encontra até se transformar para sua última etapa de vida: traça adulta.

CONTROLE DE TRAÇAS

Controlar ou eliminar pontos de umidade, tais como vazamentos de encanamentos.

  • Evitar acúmulo de jornais, livros e revistas velhas ou outras fontes de alimento.
  • Selar frestas e ranhuras na estrutura, onde estes insetos podem se abrigar.
  • Evitar a entrada de material proveniente de locais com histórico de infestação por traças (caixas de papelão, pilhas de livros, jornais, revistas, etc.).
  • Limpar periodicamente livros e outros materiais estocados que podem servir de alimento.
Olá, precisa de ajuda?